Aromaterapia é um tratamento natural através dos aromas, muito usada na cura de diversas doenças, utilizando para isto de óleos essenciais.
É um tipo de terapia extremamente simples em seu uso, através de massagens, fricção, inalação, compressas e banhos, para proporcionar um bem estar físico, mental e emocional.
Os óleos essenciais são substâncias voláteis extraídas de plantas aromáticas, constituindo matérias-primas de grande importância para as indústrias cosmética, farmacêutica e alimentícia. Essas substâncias orgânicas, puras e extremamente potentes são considerados a alma da planta e são os principais componentes bioquímicos de ação terapêutica das plantas medicinais e aromáticas.
A Aromaterapia também pode ser considerada uma ciência abrangente e democrática, uma vez que se integra bem aos mais diversos tipos de tratamentos, convencionais ou alternativos, além de tudo isto, a Aromaterapia é prazerosa, mexe com nossas emoções, nossos sentimentos e nossa vida
Exige conhecimento e cuidados por parte do usuário e, principalmente, do profissional da área de saúde ou estética na manipulação correta e uso adequado de produtos confiáveis (100% puros com certificado de procedência e qualidade) já que, por serem altamente concentrados, os óleos essenciais devem ser usados diluídos ou em baixas concentrações, evitando irritações e reações de sensibilização.
História da Aromaterapia
A Aromaterapia tem suas origens no uso de ervas para fins curativos, religiosos e estéticos.
Civilizações como Egito, China e Índia usavam ervas para os mais diversos fins e de formas variadas.
A destilação dos óleos essenciais ocorreu apenas em 1.000 d.C. e revolucionou o mercado de perfumes internacional.
No século 16, os alquimistas já acreditavam ser o óleo essencial a parte da planta responsável em produzir a cura.
A Aromaterapia como é hoje conhecida é relativamente recente, descoberta quando René-Maurice Gatefossé, um químico francês sofreu um acidente em seu laboratório e providencialmente mergulhou seu braço ferido em um pote de lavanda, percebendo que com isto, seus ferimentos não infeccionaram e cicatrizaram rapidamente.
Após este incidente, passou a pesquisar os poderes dos óleos essenciais, cunhando o termo Aromaterapia.
Tudo isto no início do século 19, na França, sendo o precursor de muitos outros estudiosos na Europa, como Jean Valnet, Marguerite Maury e Robert Tisserand, do Instituto Tisserand, um dos maiores expoentes da atualidade em aromaterapia.
A Aromaterapia é uma forma de tratamento reconhecida em diferentes países e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os óleos essenciais são substâncias voláteis, extraídas de várias partes de plantas aromáticas: das flores, folhas, madeiras, cascas de frutos e raízes.
São extraídas de plantas (por destilação, expressão à frio ou enfloragem) que possuem certas características que as tornam únicas: devem ser puras - sem adição de solventes ou outras substâncias químicas - naturais, aromáticas, curativas, de consistência oleosa e voláteis, ou seja, evaporam à temperatura ambiente.
Essas substâncias orgânicas, puras e extremamente potentes são consideradas a alma da planta e são os principais componentes bioquímicos de ação terapêutica das plantas medicinais e aromáticas e podem ser extraídas de:
Raízes - vetiver, gengibre - rizoma
Folhas - eucalipto, hortelã, patchouli, alecrim, tea-tree, lemongrass, citronela, cipreste.
Tronco - cedro, sâmdalo, pau rosa.
Resinas - olíbano e mirra.
Frutos- laranja, limão, mandarina, bergamota, tangerina, lima.
Flores - lavanda, gerânio, rosa, néroli, jasmim.
Cada óleo essencial é específico de uma região do planeta, variando suas propriedades não só em função da parte da planta mas também em função da região em que é cultivada e das condições do solo, do clima, da altitude, entre outros fatores.
Fazendo uma analogia com o reino mineral, eles são os "metais nobres" do reino vegetal.
Há linhas distintas de tratamento - alguns profissionais fazem apenas uso externo dos óleos e outros também os utilizam internamente, por via oral.
Externamente podemos absorver o óleo essencial através da pele e do nariz, que são as vias mais seguras,.
Na pele deve-se tomar um cuidado extra, para evitar reações alérgicas, sensibilizações, queimaduras, irritações, etc., para um uso seguro, os óleos essenciais são diluídos em veículos carreadores, como cremes neutros e óleos vegetais.
Penetrando na pele, os óleos essenciais entrarão na corrente sangüínea e agirão nos órgãos internos, sendo excretadas as quantidades não metabolizadas. Pode-se fazer isto através de cremes e óleos corporais, massagens, tratamentos estéticos, compressas, etc.
Via olfato deve-se tomar cuidado com tempo de exposição e concentração. Uma parte do aroma inalado vai para os pulmões via traquéia, penetrando nos brônquios, bronquíolos e alvéolos, passando para a corrente sangüínea nas trocas gasosas, agindo da mesma forma da penetração cutânea, outra parte do aroma vai para o cérebro, atingindo o Sistema Nervoso Central e mais especificamente o Sistema Límbico, que é nosso antigo Cérebro das Emoções, responsável por nossas emoções, nossos comportamentos e atitudes, nossa memória e nossos humores, para esta via, pode-se usar aromatizadores pessoais, aromatizadores à vela ou elétricos.
Desta forma, cada óleo essencial agirá de uma forma diferente no nosso corpo, físico mental e emocionalmente, de acordo com sua composição química. Por isto, podemos dizer que a Aromaterapia é Holística, pois podemos atacar diversos males sob todos os aspectos, pois não podemos tratá-los isoladamente.
Em qualquer caso, é essencial a consulta de um profissional especializado.
Glossario
Aromaterapia: terapia baseada na utilização de óleos essenciais para a cura de diversas doenças.
Óleos essenciais: são substâncias aromáticas extremamente voláteis, obtidas na sua grande maioria por destilação. Quimicamente são altamente ativos e possuem usos muito variados, indo desde a parte medicinal, aromaterapia, perfumaria, cosmética, flavorizante e usos industriais.
Oleoresinas: extrações feitas com solvente e compostas de óleo essencial, pigmentos, resinas e outros princípios ativos da planta. São utilizados internamente, como flavorizante para dar sabor a alimentos e na aromafitoterapia - substituem o uso da planta, pois são extratos altamente ativos. O produto food grade sofre uma purificação especial onde o teor de solvente fica a menos de 20.000 ppm, devido ao seu direcionamento para uso medicinal e alimentar.
Hidrossóis: também conhecidos também como hidrolatos ou águas florais. São obtidas da condensação do vapor d'água a partir da destilação dos óleos essenciais. A água condensada possui certa porcentagem de óleo essencial que lhe fornece um aroma e propriedades especiais. Muito utilizados no preparo de tônicos para pele, cremes, argilas medicinais, shampoos, sabonetes líquidos, sorvetes e sucos, entre outros usos.
Quimiotipos: são variações químicas dos óleos essenciais.
Attares: são obtidos através de um tradicional método de destilação indiana de flores e plantas aromáticas em conjunto com óleo de sândalo, para uso em perfumaria e aromaterapia. Alguns attares usam óleo de gergelim refinado como alternativa para um produto mais barato e acessível que o atualmente caro óleo de sândalo.
Óleos vegetais: obtidos por prensagem a frio ou quente de sementes e castanhas. Diferenciam-se dos óleos essenciais por não serem voláteis e possuírem alto teor de ácidos graxos (gorduras) em sua constituição. Recebem normalmente o nome de óleos carreadores pois são muito empregados como veículos de óleos essenciais e deslizantes para as mãos na massagem.
Blends: são misturas de óleos essenciais com outros ou com alguns de seus componentes naturais com a tentativa de criar alternativas mais baratas.
Orgânicos: São produtos sem agrotóxicos ou aditivos químicos, é o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar de forma equilibrada, o solo e demais recursos naturais(água, plantas, animais, insetos, etc) conservando e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos.